segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ensinar e aprender (parte I de III)

Parte I


Acreditava que dar aulas era uma tarefa, mais ou menos, simples. Na qual, só era necessário passar o conhecimento que já se tem. Estava incrivelmente errada! Comecei dando aulas para três amigas minhas. Inglês, eu domino. Amigas, já conheço. Seria fácil demais. Ou não.

Saber um assunto não significa que você saberá expressá-lo de uma forma clara e compreensível para as outras pessoas. (Quem nunca passou por uma situação onde você tenta explicar o seu ponto de vista e a expressão da pessoa que te escuta é de completa dúvida?!)

Quando tentamos nos expressar e o ouvinte não compreende, pensamos: “mas está tão simples na minha cabeça”. Aí está onde eu queria chegar, minha querida secretária. A sua “cabeça” não funciona igual à de todas as pessoas. Cada “cabeça” funciona de uma maneira.
Cada pessoa desenvolveu seu modo de raciocinar conforme suas experiências de vida.
(Esse ponto de vista está baseado na assimilação feita por adultos, pois entendo que para ser secretária ou estudante de técnico ou de superior, a idade mínima de uma leitora é de 17 anos – um pé na fase adulta)

Se alguém tenta explicar algo e se a forma como isso é passado não “bater” com a lógica de raciocínio do ouvinte, ele definitivamente não irá compreender e, provavelmente, perderá o interesse no assunto.

Ensinar algo para alguém não deve ser limitado ao conhecimento de quem ensina. Levar em consideração um pouco da história de ensinado, facilita essa comunicação. Despejar muito informação, e rapidamente, não significa ensinar bem. E enrolar, ajuda menos ainda!

Nesta primeira parte, levantei esse assunto para reflexão daquelas que tem interesse em ensinar (hoje em dia ou no futuro – mesmo que distante). Eu, infelizmente, conheci professores muito ruins (mesmo na universidade) que nos ensinavam da mesma maneira que ensinariam uma criança. Isso muito me incomodava, mas eu não conseguia identificar exatamente o porquê. Agora eu sei. Não gosto de ser tratada como uma criança.

Juntando um monte de informações que colhi sobre Andragogia (ensino de adultos), mais as experiências que tive e o que venho observando há muito tempo, aproveito para dar o seguinte “conselho” a quem deseja um dia se tornar professora (seja lá do que for!): ensine exatamente como você gostaria de ser ensinada.

E isso pode ser levado até para a mais simples situação, exemplificando: ensinar uma amiga do serviço algum procedimento; ensinar um caminho para alguém; e por aí vai.

Eu não gosto de dar conselhos, porque eu acho que uma pessoa só assimila algo, quando ela mesma o desenvolve. Por esta simples razão, peço que se você concordou com o meu “conselho”, escreva como seria a melhor maneira de ensinar na sua opinião, rascunhe, rabisque, faça qualquer coisa, mas pense/reflita/filosofe com sua maneira de ser (nada mais brega do que somente pensar pela opinião de outros, convenhamos!).

Segunda que vem, continuarei com esse assunto “Ensinar e aprender”, só que dessa vez irei focar no aprender (temos muitas estudantes por aqui?).


Bom dia, boa tarde ou boa noite. E até amanhã!

Nenhum comentário: