quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Entrevistas: ensaiar ou se preparar?

E quem gosta de ir em entrevistas?

Você caminha para um lugar desconhecido, com o compromisso de agradar 01 ou 02 pessoas com seu perfil e seu currículo, se preocupa com sua aparência/postura/palavras, responde várias perguntas que já respondeu mil vezes na vida, fica esperando as perguntas-pegadinhas e já imagina como se livrar delas... resumindo: é um stress!

O meu ponto de vista sobre entrevistas é que você tem que ser o mais natural possível.

Ensaiar para uma entrevista é diferente de se preparar para uma entrevista.
Quando você lê aqueles artigos de “respostas certas para entrevistas” ou “como agir durante uma entrevista” ou outros desse tipo, você está ensaiando para atuar na entrevista. Está pegando dicas comportamentais que não condizem com a sua real imagem ou pensamentos.
Irá passar uma impressão, que se mesmo que o entrevistador gostar, não é aquilo que você será ocupando a vaga em questão. (Isso puxa um gancho para  o conceito de falsos profissionais – já falei algo sobre o assunto aqui)

Quando você se prepara para uma entrevista, você estuda um pouco sobre a empresa, verifica os requisitos para a vaga e elabora respostas verdadeiras baseadas em sua experiência e sua personalidade.
Você deve pensar sim quais possíveis perguntas lhe serão feitas e como respondê-las – com sinceridade!
“Qual é meu ponto fraco?” Se você é perfeccionista de verdade, responda perfeccionismo. E só um perfeccionista mesmo sabe a dor de ser assim: como os serviços o frustram por não estarem perfeitos, como atrapalha e demora ter que chegar a perfeição em todo e qualquer atividade feita, como estressa trabalhar em equipe (porque o perfeccionista quer tudo exato, mas o resto não enxerga assim). Não use um defeito/problema sério para maquiar uma resposta.
Abra o jogo! Diga o seu defeito e tente achar um lado positivo para ele.
(O lance do perfeccionista é só um exemplo das respostas batidas que todos usam).

Sua postura na entrevista? Será a mesma do dia-a-dia. O seu palavreado? O mesmo de todo santo dia.
Você deve mostrar na entrevista quem você será no emprego.
Agora, se você acha que sua postura/atitude/palavreado não estão aceitáveis para um emprego... então, você tem que mudar isso na sua VIDA e não em 15 minutos de conversa.
Se você mesma não tá achando legal aquilo que você faz, por que continuar fazendo?
Fica a dica.

Mostrar uma pessoa que você não é, só com o intuito de conseguir uma vaga, pode causar problemas em seu relacionamento com seu superior (imaginando que tenha sido ele quem te entrevistou, claro). Você até irá conseguir manter aquela imagem da entrevista por um tempo, mas com o convívio ele notará que você não encaixa no perfil que ele realmente queria.
Ele acredita ter uma secretária comunicativa, aí na verdade a secretária é um tanto enrolada para escrever e-mails simples. Ele acredita ter uma secretária proativa, mas na verdade você está com receio de tomar atitude e fazer algo errado – fica esperando ele te dar ordens. Ele acredita que tem uma secretária com senso de liderança, e eis que você não consegue nem colocar ordem na equipe de Office boys e motoboys da área.
E aí? Sua imagem já foi para o bebeléu!

O ponto alto do dia é: aja naturalmente e mostre quem você realmente é durante uma entrevista.
Arrisque a ser quem você é na totalidade. Não deve ser tão ruim assim (porque se fosse mesmo, você já teria mudado seu jeito antes).

Bom dia, boa tarde ou boa noite. E até amanhã!

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